segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Amores perfeitos

Um ano passa rápido... É o prazo mínimo
do meu contrato para que eu possa pedir
transferência de volta para o Brasil.

Eu não quero te perder uma segunda vez. A
vida quis que nos reencontrássemos nessa
situação limite. Isso só pode ser uma
sinal.

Eu sei, eu sei. E foi como se nunca
tivéssemos nos separado. Essa foi a
melhor noite da minha vida.

Então fica. O que pode ser mais
importante?

Como a gente faz para voltar o relógio?

Eu não sei como fazer voltar o relógio.
Mas sei exatamente como quero gastar o
resto do tempo que falta na minha vida.

Por que a gente se separou?

Por que a vida quis assim. Porque não era
hora.

E agora vai nos separar de novo.

Você acredita mesmo nisso?

Nada como a distância e o tempo para
diminuir a dor... Qualquer dor?

Ou aumentá-la até ficar insuportável.

Hoje em dia é diferente, a tecnologia
nos aproximou, vamos poder nos ver e
falar o tempo todo.

Mas nada substitui o toque.

Ela pega a mão dele e a beija fechando os olhos para
depois abrí-los e falar.

Você vai pra tão longe.
Eu posso te contar uma coisa?

Claro.

Não é a primeira vez que a gente se vê.

A gente se conhece há 10 anos.

Eu sei... eu quero dizer que hoje não foi
a primeira vez que eu te vi.

Como assim.

Eu te vi a primeira vez na agência de
viagem faz uma semana.

Uma semana? É mesmo, eu tava lá fechando
os detalhes da minha reserva. Por que
você não entrou para falar comigo?

Ela fica muda.


Por que?

Eu não sei, fiquei com medo.

Medo?

Medo de você nem me reconhecer direito.

Uma semana.

Depois disso eu passei lá todos os dias
no mesmo horário.

E eu quase pedi que me entregassem a
passagem em casa.

Eu nunca deixei de te amar.

Como vamos nos despedir?

Ela o puxa para perto de si, o abraça e fala sobre seu
ombro, para o vazio atrás dele.

Eu não quero ver você partir.

Eu não quero ver você partir.

Eu não quero ver você partir.

Eu não quero ver você partir...

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