quarta-feira, 22 de julho de 2009

FESTIVAL DE CINEMA

Estive no Festival de Cinema de Paulínia, que ocorreu nas últimas 2 semanas. Lá, pude conferir os filmes “À Deriva” (na abertura) e “Tempos de Paz” (encerramento).

O Festival, um dos mais ostensivos (senão o mais) de nosso país, me impressionou muito: os valores que por lá circulam, tanto para o evento quanto para os filmes, são de grande valor. E muito importantes para nosso cinema nacional. Poderia sim ser um festival que se mantêm apenas na imagem, mas, os filmes e o conteúdo ali reunidos eram tão valorosos quanto as finanças. Fiquei muito feliz em presenciar tamanho empenho da cidade nesse sentido. Não só viabiliza a produção de filmes com verba, mas, incentiva a mão de obra local e sua formação. O pólo realmente respira cinema. Parabéns, e muito obrigado, Paulínia.

“À Deriva”, tinha tudo para facilmente fugir a mão e ser um erro, como filme: protagonista estreante, roteiro bem amarrado, mas, singelo demais, muitos atores mirins, com um adulto falando da fase adolescente, tudo se passando em uma praia/ilha, um ator protagonista estrangeiro com sotaque muito carregado, etc. Mas, a excelente condução da direção nos leva a partilhar os momentos delicados de uma jovem de 15 anos. Claro, como toda obra, podemos encontrar defeitos e fraquezas. Mas, é uma obra. O que já é muito mais do que muitos dos filmes que andamos vendo. E, como pai e artista, vejo sua grande importância ao partilhar com outros jovens e até mesmo em abrir um pouco mais os olhos de pais que, em momentos de crise, tendem a se esquecer de seus adolescentes filhos. Singelo e delicioso filme. E com uma jovem e bela atriz que promete muito. Bola dentro total de Heitor Dhalia. Com certeza, um filme a que incentivarei muito minha própria filha a ver.

“Tempos de Paz”, obra adaptada do teatro. Tony Ramos, pra variar, arrasa. E Dan Stulbach, esse monstro, destrói!! É tão bom ver um grande ator em cena num trabalho em que vemos ele dominar sua arte. Dan e Tony nos levam por complicados sentimentos de forma tão madura e simples, que chega a assustar; quando vemos, já estamos arrebatados. E facilmente vem os aplausos a cena aberta, como o foi em Paulínia, numa sala lotada, para mil pessoas. Um incentivo aos atores! Um filme de atores. E a maneira inspiradora com que Daniel Filho soube capturar. Mesmo sendo ele mesmo ator do calibre que é (também atua em seu filme), sua generosidade para com os atores e o texto são comoventes. Grandes artistas num belo filme.

Agora, o próximo festival, próxima parada, Gramado. Estarei com o filme “A Canção de Baal”, em que atuei. Grande e belo presente da querida Helena Ignez em parceria com Michele Matalon. Apartir de 09 de agosto, serra gaúcha!

Boa semana!

Aquele abraço, Felipe.

NAM MYOHO RENGUE KYO

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